INTRODUÇÃO À TEORIA CRÍTICA

Minicurso: Introdução à Teoria Crítica

Fábio Caires Correia[1]
Marcos Lentino Messerschimdt[2]


EMENTA
Se a modernidade apresenta a racionalidade como portadora do ideal de uma humanidade livre e emancipada, os rumos desta mesma racionalidade, atrofiada em sua dimensão instrumental, desmentem completamente seu impulso inicial. Diferentemente de muitos diagnósticos da época que viam na sociedade totalitária um déficit de racionalidade, para os teóricos da assim chamada “Escola de Frankfurt” trata-se muito mais de uma realização desta racionalidade. Neste sentido, a arqueologia da dimensão totalitária da razão ocupará grande espaço no conjunto de pensadores da primeira geração da Teoria crítica da sociedade, a saber, Max Horkheimer, Theodor W. Adorno, Herbert Marcuse e, de maneira (in)direta, Walter Benjamin. Assim sendo, objetivamos apresentar, nesta proposta de minicurso, ainda que panoramicamente, os limiares desta corrente de pensamento, centrando-nos em alguns aspectos que nos parecem importantes para compreendermos este século profundamente marcado pela dinastia da racionalidade instrumental. Dado os limites propostos pelo trabalho, nosso foco será, como já dito, a primeira geração desta referida corrente.

CONTEÚDO PROGRAMÁTICO:
Ø  A fundação do Institut für Sozialforschung – Um projeto interdisciplinar (20 min.)
Ø  Teoria Tradicional e Teoria Crítica – Max Horkheimer (20 min.)
Ø  A Dialektik der Äufklarung – Crítica e arqueologia da razão instrumental (30 min.)
Ø  Intervalo (15 min.)
Ø  Sobre o conceito de “Indústria Cultural” (30 min.)
Ø  Arte, técnica e reprodução – Walter Benjamin e Theodor Adorno (30 min.)
Ø  Teoria crítica no Brasil – Recepção e herança (30 min.)

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ADORNO, Theodor & HORKHEIMER, Max. Dialética do Esclarecimento. Tradução de Guido Antonio de Almeida. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1985.

ADORNO, Theodor. Ästhetische Theorie. Frankfurt am Main: Surkhamp, 1990.

CAMARGO, Silvio César. Os primeiros anos da “Escola de Frankfurt” no Brasil. In: Lua Nova, São Paulo, 91: 105-133, 2014.

CHACON, Vamireh. A recepção da Escola de Frankfurt no Brasil. In: Revista Brasileira de Filosofia, v. 41, n. 176, p. 453-457, out./dez. 1994.

DUARTE, R. Adorno/Horkheimer & a Dialética do Esclarecimento. Rio de Janeiro: Ed. Jorge Zahar, 2002.

HORKHEIMER, Max; ADORNO, Theodor W. Textos escolhidos. São Paulo: Nova
Cultural, 1975. (Os Pensadores; 16).

MERQUIOR, J. G. Arte e sociedade em Marcuse, Adorno e Benjamim: ensaio crítico sobre a escola neohegeliana de Frankfurt. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 1969.

NOBRE, M. A Teoria Crítica. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2004.

________. Curso Livre de Teoria Crítica. 3ª Edição. ed. Campinas, São Paulo: Papirus,
2013.

SELIGMANN-SILVA, Márcio. A atualidade Walter Benjamin e Theodor W. Adorno. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2010.

WIGGERSHAUS, Rolf. Escola de Frankfurt: História, desenvolvimento teórico, significação política. Tradução de Vera de Azambuja Harvey. Rio de Janeiro: Difel, 2002.



[1] Doutorando em Filosofia Ética e Filosofia Política, pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul. Bolsista CAPES/PROEX. E-mail: fabio.caires@acad.pucrs.br
[2] Mestrando em Filosofia, Ética e Filosofia Política, na Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul. Bolsista CNPQ. E-mail: marcoslmesser@gmail.com